Partiu
Com suas asas abertas, libertou-se do corpo, o mesmo que o mantinha preso entre sensações e emoções que ele nem mesmo sabia sentir...
Não teve boca para a ofensa, para a discórdia, para a desconfiança. Era só, solitário em seus devaneios de menino pobre , em sua humilde passagem pela humanidade.
Tão pequenino em sua humildade, tornou-se grandioso em suas atitudes perante aqueles que o cercavam...
Calava-se diante da ofensa
Cantarolava diante da felicidade
Queria ser alguém na vida
Alcançou sua meta, quando se enxergou lá de cima, liberto de seus próprios medos e angustias.
O menino cresceu, se agigantou diante dos olhares tristonhos que não entendiam a razão desta sua libertação...
E ele se foi
Voou
Sempre distinto
Muito digno de sua própria grandeza
Mas de asas abertas para a sua vida liberta.

Texto em homenagem ao meu tio, que retornou hoje aos braços do Pai.
IaraMel
Iara A.M.Melchor
04/11/2021